O autor do remake "Uma Rosa Com Amor", conscedeu uma entrevista ao sie "NaTelinha", e nós estaremos exibindo aqui, para que você leitor do TVED possa conferir o que o autor diz, antes de mostrar a entrevista, quero elogiar ao site por ter conseguido a entrevista exclusiva com o autor, parabens ao pessoal do "NaTelinha", agora vamos a entrevista:
NT:Depois de cinco novelas na Record, você saiu da emissora justamente quando sua última produção, a terceira parte de ‘Os Mutantes’, não foi bem no Ibope. A que se deveu o fato de deixar Record, que você tanto defendeu desde 2004, altura em que foi crucial para alavancar o seu núcleo de dramaturgia?
TS: Uma série de fatores levou à minha decisão. Desde 2004, eu pedia programas para divulgar melhor as novelas, como há na Globo, que é líder no mercado, e não era atendido. A terceira parte dos ‘Mutantes’ foi colocada no ar contra ‘Caminho das Índias’, que era uma produção com muito mais orçamento e investimento do que tivemos, enquanto a ‘Fazenda’ ocupava o horário após a novela. Eu defendia que tínhamos que ir para o horário mais tarde, pelo menos meia hora fora da novela concorrente, mas de novo não fui atendido. Eu ia ficar parado e precisava rediscutir minha base salarial, que estava completamente defasada em relação ao mercado. Bem nesta época, começou a guerra entre o SBT e a Record, com a saída do Gugu, e o Sílvio Santos me fez uma proposta melhor que a Record.
NT:Porque decidiu aceitar o convite do SBT, e mais especificamente de Sílvio Santos, tendo em conta o histórico da emissora no quesito de novelas, com sucessivas desativações do seu núcleo de dramaturgia?
TS: O Sílvio Santos teve dificuldades em conseguir bons autores experientes de novelas brasileiras, e por isso a teledramaturgia nacional demorou tanto a deslanchar em sua emissora. Confio que o know how em novelas e o sucesso de ‘Uma Rosa Por Amor’ vão fazer a diferença.
NT: Para ingressar nos quadros do SBT, a proposta apresentada por Sílvio Santos deveria ser mais estimulante, a nível intelectual, mas também financeiro. O que está estipulado no seu contrato que te fez mudar de emissora?
TS: O SBT possui hoje um acervo de novelas de Vicente Sesso e Janete Clair, autores geniais, e tem ótimas condições de produção, em HD, com excelente equipe técnica. A possibilidade de fazer este remake de ‘Uma Rosa Com Amor’ apareceu logo na minha primeira conversa com Sílvio Santos. Este foi outro fator que me levou a encarar a mudança, além do fato de Sílvio Santos ter me oferecido o dobro que a Record estava me oferecendo.
NT:Que expectativas você tem agora no SBT e em específico com ‘Uma Rosa com Amor’? Tendo em conta que você está adaptando uma obra que também já foi anteriormente roteirizada para televisão, à semelhança de ‘Escrava Isaura’, você acredita que a trajetória de sucesso também acompanhará a produção?
TS: Tenho a expectativa de fazer muito sucesso com ‘Uma Rosa Com Amor’ e que este sucesso alavanque o núcleo de teledramaturgia do SBT, levando à expansão de horários e mais abertura de mercado para artistas e técnicos. Assim como aconteceu com ‘A Escrava Isaura’, acredito que as boas lembranças da antiga novela ajudarão a impulsionar o sucesso atual. Vale lembrar que ‘A Escrava Isaura’ não era remake, porque não podia usar os capítulos do Gilberto Braga, e agora é remake mesmo, porque estou seguindo fielmente os capítulos do Vicente Sesso, peripécia por peripécia.
NT:Notícias recentes davam conta de que Vicente Sesso, autor da versão original, estaria descontente com os rumos da nova adaptação. Você confirma essas informações? Que alterações poderão ser constatadas face ao original?
TS: Isso é fofoca e maledicência, sem fundamento. Tenho excelente diálogo com Vicente Sesso, que tem sido um querido comigo, desde que autorizou a minha adaptação de sua obra. Ele é um autor genial e sabe que eu estou homenageando seu talento excepcional, constantemente. Pode ser que ele desaprove uma ou outra escalação, mas aprovou a maioria. A maior alteração é trazer a novela para a atualidade.
NT:Você vai manter a história principal da novela do casamento de fachada de Serafina com Claude Antoine e a paixão dos dois, para desespero de Nara Vasconcellos?
TS: Sim, é a mesma história, a mesma novela, na essência, sem tirar nem por, passo a passo, capítulo a capítulo, apenas não se passa mais em 1972 e sim em 2010.
NT:Os atores Toni Garrido, Monica Carvalho, Jussara Freire, Maria Claudia, entre outros, transitaram da Record também para essa produção. São os atores da ‘panelinha’ Tiago Santiago? Porque decidiu pela sua escalação?
TS: São artistas excepcionais, grandes talentos, excelentes colegas. Não diria que é uma panelinha, mas um panelão, porque cabe todo mundo que tem talento. É o caso de todos esses atores que você citou.
NT:Isadora Ribeiro estava há algum tempo desaparecida da televisão e volta agora no papel de Roberta Vermon. O que levou você e o Del Rangel a se relembrarem do nome da atriz?
TS: Isadora Ribeiro havia protagonizado brilhantemente alguns episódios do ‘Você Decide’ que eu roteirizei. É uma atriz linda e talentosa, que estava sem contrato com nenhuma outra emissora. Eu trouxe o nome dela ao Del, que se entusiasmou também. Ela está fazendo um papel maravilhoso, a Roberta Vermont, que foi de Tônia Carreiro, na versão original.
NT: A sua opção por Carla Marins, para a sua protagonista, restituiu, no seu entender, uma importância e uma atenção que as outras emissoras nunca lhe atribuíram?
TS: Carla Marins é uma excelente atriz, com diversas novelas em seu currículo. É uma felicidade e uma honra escrever para a Carla sua primeira protagonista. A escalação da Carla para o papel que foi de Marília Pera, na primeira versão, mostra a extensão da nossa confiança em seu trabalho. É com certeza a atriz ideal para interpretar a Serafina Rosa, capaz de todas as nuances de comédia, romance e melodrama que a personagem pede. Estou certo de que ela vai brilhar muito.
NT:E o Cláudio Lins, que protagonizou o José Armando em Esmeralda, a última novela de grande sucesso do SBT? Foi consensual a escolha em torno do nome dele?
TS: Sim, toda escolha de elenco foi consensual. Cláudio Lins foi o primeiro nome em que pensamos. Está na idade certa, tem o physique de role, bonito, elegante, charmoso, talentoso, experiente. Está pronto para encarar este desafio de viver o Claude, em ‘Uma Rosa Com Amor’.
NT:Conseguir trazer uma atriz do naipe de Betty Faria, do chamado primeiro time da televisão, traz um ‘algo a mais’ que convidará os telespectadores a ver a sua novela?
TS: É a primeira vez que trabalho com a Betty Faria, mas espero que seja a primeira de muitas vezes. É uma das maiores atrizes do Brasil, e sua presença no elenco de ‘Uma Rosa Com Amor’ ajuda muito a dar credibilidade e atrair interesse, visibilidade e audiência para nossa novela. Betty vai viver Amalia Petroni, a mãe da protagonista. uma grande mulher, uma grande mãe, uma homenagem à mulher brasileira, uma pessoa do povo, que cozinha para fora para ajudar nas despesas de casa, que cuida dos filhos, do marido e do lar, sempre buscando a felicidade da família.
NT:A decisão de exibir a novela às 20 horas, quando a Globo e Record exibem seus principais jornais, foi estratégica?
TS: A decisão foi do SBT e há argumentos fortes a favor do horário das 20h15. Como a própria pergunta aponta, vamos concorrer contra jornais no horário. Quem não quiser ver tragédias, terá uma opção de entretenimento de alto nível, sem sangue, sem violência, com muito humor, graça, romance, que pode ser assistido sem susto por toda a família reunida. É também um horário em que o SBT já conseguiu sucesso com novelas, no passado.
NT: À semelhança do sucedido há pouco tempo, não teme que a Record contra-ataque com um produto do mesmo gênero, uma novela, para o mesmo horário com o intuito de frear o eventual sucesso da trama que você está idealizando?
TS: Não tenho medo da concorrência. A concorrência é que deve ter medo de ‘Uma Rosa Com Amor’. A novela vai se impor na audiência pelas suas grandes qualidades. A criação original de Vicente Sesso, autor da novela de 1972, é genial. O elenco que conseguimos escalar é estelar e talentosíssimo. E modestamente estou procurando fazer o melhor trabalho possível para apresentar este remake em 2010.
NT: Como está acontecendo o trabalho em torno dessa novela, nomeadamente sua parceria com os colaboradores e com a direção?
TS: O trabalho está sendo um prazer, como acontece nos melhores trabalhos. Tenho dois colaboradores excelentes. Renata Dias Gomes cresceu lendo os capítulos de seus avós, Dias Gomes e Janete Clair, e apesar de ser ainda jovem, já demonstra grande maturidade como novelista. E Miguel Paiva é o mais "radical chic" de todos os colaboradores com que um autor de novelas poderia sonhar. É um homem de extrema inteligência e grande humor, e tem sido um prazer trabalhar com ele. E não há nenhum desentendimento com o Del Rangel. Pelo contrário, temos nos dado muito bem. Escalamos um grande elenco, fui ouvido e atendido pela equipe maravilhosa, em todas as minhas considerações, e acredito que ‘Uma Rosa com Amor’ será o primeiro sucesso de uma brilhante parceria.
NT:Como você descreveria "Uma Rosa com Amor" para os internautas?
TS: ‘Uma Rosa Com Amor’ é uma novela deliciosa, que vale a pena assistir, porque é cheia de humanidade, graça, humor e personagens que vão gerar grande identificação com o povão. É o remake de uma novela genial de Vicente Sesso, que passou em 1972, e merece ser vista por quem não a viu, e vista de novo por quem já a viu. É também uma novela muito romântica. Estreia dia 01 de março, na próxima segunda, às 20h15. Confiram. Abraços do Tiago Santiago.
Fonte: Site NaTelinha.
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