1 de fevereiro de 2014

O surpreendente e excelente final de "Amor à Vida":


Dia 31/01/14. Pode marcar esse dia, pois foi a data de um dos melhores últimos capítulos de uma novela das 21 horas já exibidos até hoje.

Walcyr Carrasco foi ousado, e ao mesmo tempo bem eclético. Exibiu diversos finais felizes, à diversos personagens que mereciam os mesmos, e alguns finais tristes, para personagens que fizeram por merecer, como a morte da Aline (Vanessa Giácomo) e a solidão provavelmente eterna de Amarilys (Danielle Winits).

Tivemos alguns finais emocionantes como os de Edith (Barbara Paz) e Wagner (Felipe Tito), ou até mesmo a superação de Linda (Bruna Linzmeyer), que se tornou uma artista de sucesso e terminou casada com o Rafael (Rainer Cadete).

Pudermos assistir a redenção de Pilar (Suzana Vieira), além dela também ter ficado no final feliz com o Maciel (Kiko Pissolato). Uma história diferente, porém bem realista, e que acabou caindo também nas graças do povo, pela maneira de que foi conduzida.

Valdirene (Tatá Wernek), que foi um dos destaques da trama, que conseguiu a situação inédita de entrar como personagem no BBB, que teve mais mídia do que muita gente durante todo o período em que a novela foi exibida, teve um final feliz e divertido, ao lado de sua mãe (Elizabeth Savalla) e todo o núcleo.

Como dizer que o final de Patrícia (Maria Casadevall), Michel (Caio Castro), Silvia (Carol Castro) e Guto (Márcio Garcia) não foi bom? Foi incrível, a afinidade entre os quatro atores era visível em cena, e não poderia ter terminado de forma melhor.

Thales (Ricardo Tozzi) depois de muito ter sofrido, de muito ter errado também, teve seu final feliz, se casando com Natasha (Sophia Abrahão) e lançando seu novo livro, que ao que tudo indica, será um sucesso.

Ninho (Juliano Cazarré) acabou preso, como era de se esperar, vai pagar pelos erros que cometeu, e sabia que estava cometendo, teve uma cena muito interessante com a filha, porém deixou claro que não tentaria fugir e pagaria por tudo o que fez.

Jonathan (Thalles Cabral) terminou namorando, e passando na faculdade de arquitetura, que era citada desde o início da novela como o destino do mesmo.

Paloma (Paolla Oliveira), Bruno (Malvino Salvador) e Paulinha (Klara Castanho) tiveram um ótimo final, com o nascimento de mais um menininho na família, depois de uma gravidez difícil que Paloma teve. Um dos destaques foi também a conversa que Paulinha teve com o tio, sobre o porquê ele não gostava dela, cena muito emocionante.

Mas ai acabou? Não, porque talvez por uma das poucas vezes, a novela não acabou com a protagonista, ou será que acabou com o protagonista? As duas últimas cenas da novela foram com o Félix (Mateus Solano). A primeira, junto com Niko (Thiago Fragoso), ambos com certeza entrarão para a história da teledramaturgia e da televisão Brasileira. Lembrando que não foram os primeiros a apresentar o bejo gay, mas foram os primeiros em uma novela das nove da Rede Globo, e com uma cena extremamente bem feita, bonita de se ver, que além de mostrar dois homens se beijando, mostrou duas pessoas que se amam se beijando, independente de serem homo ou heterossexuais, realmente uma das cenas mais bonitas que já vi, e tenho certeza que muitos concordarão comigo! Ambos terminaram juntos com as duas crianças.

A cena final... Emocionante também, linda, belíssima de se ver. Cesar (Antônio Fagundes) e Félix num por-do-sol lindo, após o pai dele ter sofrido um AVC na reta final da novela, depois de todos os capítulos em que Cesar sempre maltratou o filho, e de todos os erros que Félix cometeu, um perdoou o outro, com ambos dizendo que se amam, e terminando a novela de mãos dadas. Vencendo qualquer preconceito ou conceito errado que um tivesse com o outro, o final não poderia ter sido mais perfeito!

Parabéns ao elenco, diretores, equipe completa e claro, ao Walcyr Carrasco, a novela, mesmo que em momentos rápidos, tratou de temas importantes, como o preconceito (diversos tipos), o racismo, a adoção, a barriga solidária, fertilização, autismo, lúpus, religiões diversas, culturas diferentes, cancêr (mais de um tipo diferente), cegueira, avc, citou as clínicas psiquiatras com métodos nada humanitários, amor na terceira idade, amor de todas as formas, realmente amor à vida. A novela foi excelente, e quem diz o contrário, claro, tem o direito de assim pensar, mas poderia ver os tantos lados positivos que na novela foram citados!

Texto: Vítor Maionchi Berardo - Tv e Diversão.
Foto: Gshow/Rede Globo.

3 comentários:

Eli disse...

Wow! É isso aí, disse tudo!
E realmente não se pode dizer que o final do quadrilatero amoroso não foi incrivel e crível!
Quanto à cena final, Paloma nem de longe protagonizou essa trama, ela foi totalmente do Félix!
Emocionou e comoveu o Brasil! (y)

Gabriel Rezende disse...

Minha opinião sobre a novela:
Amor à Vida foi uma novela que teve um começo muito bom, mas que aos poucos se tornou sem graça. Depois que a Paloma descobriu que a Paulinha era sua filha, a novela ficou incoerente. Um dos personagens que mais sofreu foi o Ninho. Walcyr não respeitou a estrutura psicológica do personagem e fez com que ele sofresse várias mudanças, sem sentido e sem coerência. E o motivo do sequestro da Paulinha? Muito sem noção. Além do mais, o autor apostou em tramas e situações toscas ao extremo. Citando algumas delas: O quadrilátero Michel-Patrícia-Guto-Sílvia, Michel e Patrícia na loja japonesa, Félix obrigando os enfermeiros a usar uniforme cor de rosa e a mais ridícula de todas, o bigodinho da Perséfone. Outro problema da novela: WC abordou vários temas importantes de uma forma rasa e superficial. Mas, tirando isso, gostei da primeira semana da novela e do final também. Da cena do beijo e da última cena principalmente.

Gabriel Rezende disse...

Esqueci de falar de um outro problema da novela: o número excessivo de personagens e tramas.