3 de fevereiro de 2014

ENCONTRO DO SÉCULO - Cap 217

< Web Novela de MARCOS SILVÉRIO >

No capítulo anterior...
Pedro espanca Domitília e Moraes ao flagrá-los na cama
Os ministros descumprem a ordem do Imperador
Ana Stanhouse implora pela vida do filho
O jovem Augusto é fuzilado covardemente
Pedro demite o Ministério a socos e pontapés

CAP. 217

Um novo Ministério é nomeado, mas a atitude do Imperador repercute mal no meio político.

Nos dias seguintes ao espancamento Domitília passa muito mal e o médico constata que perdera um bebê que esperava.

O Imperador então a procura.

PEDRO (segurando sua mão): Titília, peço que me perdoe pela grande bobagem que fiz. Mas perdi o controle. Nunca passou pela minha cabeça lhe encontrar numa situação daquela. Pensava que você era só minha. Quando a vi nua nos braços daquele homem, não sei o que houve comigo, fiquei cego de ódio e a partir daí não vi mais nada...
DOMITÍLIA (frágil): Claro, meu amor. Compreendo os seus motivos. Também não sei o que deu em mim para fazer aquilo, mas só queria chamar a sua atenção, porque estava me sentindo rejeitada, preterida pela outra... Vamos esquecer tudo isso e viver em paz...

Enquanto isso na Chácara Cedro...

Beija surge no alto da escada, como de costume, para seu discurso de boas vindas.

BEIJA: Senhores, esta não é uma noite qualquer, pois temos o prazer de receber uma das figuras políticas mais influentes da Província das Minas Gerais. Peço, por favor, uma salva de palmas para o coronel Lourenço Castanhal do Prado, de Vila Rica. (todos aplaudem)

Corta para o quarto.

Coronel Lourenço oferece a Beija um belíssimo anel de diamantes.

LOURENÇO: Esta é uma simples amostra do que posso lhe oferecer, caso venha viver comigo em Vila Rica. Agora sou um homem viúvo e nada me impede de fazer de Dona Beija a minha esposa.
BEIJA: Coronel... Galanteador como sempre... Não posso aceitar sua proposta, ainda, que fique bem claro, mas agradeço muito a sua generosidade. Lembro-me como se fosse hoje da bela homenagem que me prestou na sua cidade e também do convite que lhe fiz para que me visitasse aqui.
LOURENÇO: Bem que insisti... Mas a senhora nada de ceder...
BEIJA: Naquela ocasião não me sentiria confortável em me deitar com um homem debaixo do teto da sua esposa. Mas veja como são as coisas: hoje estamos livres e podemos fazer o que bem entendermos. (risos e brinde)

Gabinete do Imperador, no Paço Imperial.

CHALAÇA: Até hoje não entendo como foi parar na Fazenda Santa Cruz...
PEDRO: Alguém que sabia das traições de Titília mandou recados marcando um encontro dela com o amante e fez a gentileza de me convidar também...
CHALAÇA: Mas para fazer isso teria de ser uma pessoa bem informada, influente dentro do palácio...
PEDRO (deixando escapar): Beija sempre teve grandes influências dentro do palácio... Todos gostam muito... /
CHALAÇA: Quem?
PEDRO: Ninguém, Chalaça! Está querendo saber demais. E agora me deixe em paz que tenho muito que fazer.

Corte rápido para a Casa Amarela.

CHALAÇA: Titília... Se te contar a última que fiquei sabendo, você cairá dura pra trás.
DOMITÍLIA: Conte logo, homem, não me deixe nessa agonia.
CHALAÇA: Eu não te disse? Foi Beija quem armou o flagrante na fazenda. Ela quem mandou os recados marcando o encontro. O próprio Pedro deixou escapar... Vim correndo te contar.
DOMITÍLIA: Beija, sempre ela! Dessa vez vai me pagar. Essa surra vai custar muito caro!
 
Horas mais tarde, na mesma sala...

DOMITÍLIA (nervosa): Quanta demora! Pensei que não viesse mais!
MORAES: Precisei tomar o maior cuidado... Tive sorte de não ter sido morto pelo Imperador, sorte de não ter sido mandado embora do Exército. Acha que ainda vou dar mais chances ao azar?
DOMITÍLIA: Preciso que faça uma coisa pra mim: providencie alguém para matar Beija.

Continua amanhã às 21:00 horas

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