20 de novembro de 2009

Momento de notícias:



Quem assiste à reprise de Alma Gêmea, no Vale a Pena Ver de Novo da Globo, se espanta ao ver Mirna, a caipirinha representada - brilhantemente - por Fernanda Souza, na novela de Walcyr Carrasco. Gordinha e cheia de roupas, ela em nada remete à sensual Isadora, a advogada espevitada e sensual que a atriz vive no seriado Toma Lá Dá Cá.


Durante a gravação do último episódio do programa, realizado no Projac (Rio) na terça-feira (17), Fernanda usou um vestido micro, dourado, fazendo uma despedida solene da personagem que mais destacou suas curvas ao longo da carreira.


“A Isadora me desinibiu. Sempre tive muita vergonha do meu corpo. Agora, mesmo fora da personagem, me mostro mais, uso até short! Perdi o pudor, mostro os cambitos. No meu trabalho anterior, O Profeta, eu estava com sete quilos a mais e, quando tive que emagrecer para a Isadora, mudando também os cabelos, que ficaram louros e alongados, nem meus amigos me reconheciam”, contou Fernanda a O Fuxico.


As roupas sinuosas da personagem acabaram mostrando uma Fernanda que o público não conhecia e, com isso, choveram convites para ensaios nus.


“Recebi vários convites, mas sequer parei para ouvir as propostas. Posaria, talvez, por um cachê R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão, e acredito que as revistas não paguem este valor atualmente. Será? Por menos, não valeria a pena”, disse a bela atriz, segura de si.




Fúria do vento provoca seis mortes e destruição no RS






O temporal surpreendeu os gaúchos. As rajadas de vento chegaram a 133 quilômetros por hora. Segundo os meteorologistas, os estragos foram provocados por um ciclone extratropical com ventos que chegaram a uma velocidade comparada a de um furacão, capaz de derrubar árvores, prédios, e muros.

Um cenário de destruição que é possível ser visto por todos os lados, como numa casa que ficou coberta por duas grandes árvores. Mais de três mil residências foram destruídas. “Ele entra por dentro da obra e ao penetrar com muita velocidade, ele tende a provocar um início de explosão”, explica Felipe Viegas, engenheiro civil.

Postes de energia ficaram pelo chão. Na hora do temporal, mais de 500 mil casas ficaram às escuras. Seis pessoas morreram atingidas por troncos, galhos e prédios que desabaram. “Isso acontece com muita freqüência porque o vento tem um obstáculo na frente e ele empurra”, diz Viegas.

Na hora do temporal, 280 alunos que estavam nesta escola viram a força do vento derrubar parte do prédio. Dez estudantes ficaram feridos, três em estado grave. “Fechamos a janela, daí veio o vento e derrubou tudo, deu sorte que eu fiquei embaixo da mesa”, conta Jardel santos
13 anos.

A boa notícia é que as rajadas de 133 quilômetros por hora não são suficientes para derrubar uma pessoa, mesmo que frágil. “Estruturas de aço, metálicas de alumínio, são mais suscetíveis porque o vento nestas condições chega a provocar cargas para estas velocidades que nós só tivemos no Rio Grande do Sul, cargas na ordem de 150 quilos por metro quadrado. Nós corremos o risco sim de que o vento pela sua força, acabe arrancando a estrutura”, declara o engenheiro civil.



Chamas, explosões e o fim do mundo visto de um sofá





2012, o filme, estreou na última sexta-feira, arrecadando nas salas de exibição mundo afora impressionantes U$ 225 milhões apenas no primeiro final de semana em exibição. A estratosférica soma surpreendeu inclusive especialistas, porque superou a que fora recentemente obtida por um oponente de peso, This is It, produção que documenta os últimos meses na vida de Michael Jackson. Um gaiato, por certo, poderia enxergar algo de poético – quiçá irônico – no duelo que agora se dá nas bilheterias, entre o registro da trágica e prematura morte do rei do pop e uma catástrofe de proporções globais.

Para quem não está ligando o nome à pessoa, 2012 baseia-se no conjunto de crenças mitológicas associadas ao ano que encerra a contagem de ciclos no calendário adotado pelos povos da América pré-hispânica (maias e astecas). O término abrupto desse sistema matemático milenar inspirou, ao longo dos séculos, uma teoria segundo a qual haveria indícios suficientes para crer que a data vindoura coincidirá com o apocalipse.

Claro que enredos como esse costumam caber como luva nas pretensões populescas dos executivos hollywoodianos, afinal a trama, de tão fantástica, parece até ter sido fruto da mente fértil de um roteirista dos mais criativos. Era de se esperar, portanto, que em meio a onda de remakes, continuações e de argumentos tão previsíveis quanto apelativos não deixassem passar em branco a oportunidade de rodar um filme sobre o intrigante tema.

A tarefa ficou a cargo de Roland Emmerich que, não por coincidência, esteve por trás das lentes também em O dia depois de Amanhã, Godzilla e Independence Day. O currículo do diretor não deixa dúvidas quanto ao fato de tratar-se de um especialista no que se refere ao extermínio da humanidade; sua notável habilidade em conceber como ninguém cenários de devastação, ricos em detalhes e requintes de crueldade, parece não ter sofrido qualquer desgaste, mesmo após tantas calamidades.

Pergunto-me, assim como muitos devem se perguntar: quantas vezes ainda será possível fazer Nova York submergir num tsunami, Los Angeles sucumbir num terremoto sem precedentes ou retratar o Grand Canyon sendo engolido pela superfície? Quantas chances ainda nos restam para assistir, por todos os ângulos, ao desmoronamento da Estátua da Liberdade, com sua gigantesca tocha de aço tombando no meio de uma avenida movimentada? A Torre Eiffel destroçada em Paris, o afresco de Michelangelo em chamas na Capela Sistina ou até nosso Cristo Redentor se desintegrando como se fosse feito de papel?

Antes de responder a essa questão cabe ponderar sobre uma outra: o que vem primeiro, o ovo ou a galinha? A obsessão da indústria cinematográfica pela própria desgraça ou o desejo do público de repetidamente testemunhar a devastação do planeta?

Lembro-me de como meu saudoso avô gostava de filosofar sobre o assunto sentado no sofá da sala, isso muito antes de se ouvir falar em Roland Emmerich, quando Michael Jackson ainda estava vivíssimo e nem se garantia no moonwalk. Toda vez que um veículo capotava, batia ou explodia na tela da TV, lá ia ele dizendo que os cineastas americanos não conseguiam resistir à tentação de arruinar ao menos um carro por filme, fosse esse do gênero romântico, comédia, infantil ou western.

Posso até imaginar os comentários que meu avô não faria caso fosse possível levá-lo ao cinema para assistir 2012. Para quem costumava se indignar por tão pouco, o que diria das cenas de hoje, recheadas de efeitos de computação gráfica capazes de dar vazão ao apetite infinito das massas por destruição? Percebo agora como seria difícil tolerar a sessão sem ter ao lado alguém que me fizesse rir. Sim, porque vamos combinar que levar um filme desses a sério é praticamente um desafio.

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