27 de novembro de 2009

Perigo de calote em Dubai derruba Bolsas pelo mundo


O mundo volta a conviver com o fantasma da crise financeira global. O foco vem lá do Oriente Médio, dos Emirados Árabes Unidos, que sempre passaram ao mundo uma imagem de prosperidade. São estados pequenos, produtores de petróleo, com altíssima renda per capita.
Os estados ficam no sudeste da Arábia Saudita, bem na ponta, quase na entrada do Golfo Pérsico. Dubai é o emirado mais famoso pelas ilhas artificiais em forma de palmeira, e por ter o prédio mais alto do mundo, o Burj Dubai, que se tornou um centro financeiro, comercial e turístico e pretendia rivalizar com Nova York, Londres e Hong Kong.
Além de Dubai, até a crise internacional o mais próspero, são conhecidos os emirados de Abu Dhabi e Sharjah. Todos os sete estados são monarquias absolutas lideradas pelos xeiques do petróleo.
Suas economias são centradas no petróleo e no mercado financeiro, com bancos ligados principalmente ao mercado de Londres.
Nesta quinta-feira, a realidade se mostrou em Dubai e o mundo ficou conhecendo o tamanho do problema. O Emirado Árabe pediu a moratória de uma dívida de US$ 59 bilhões, grande parte para financiar a explosão imobiliária. O risco de calote abalou os mercados.
As bolsas da Ásia fecharam em queda acentuada. Em Hong Kong, - 4.84%. Tóquio teve índice negativo de 3,22%, Seul, - 4.69% e Xangai, - 2,36%. Na Europa, também abriram em baixa.
A empresa estatal de investimentos Dubai World busca um acordo com seus credores e pediu um prazo de seis meses para pagara dívida. Os temores são de que um possível calote possa desencadear perdas em outras praças financeiras como Ásia e Europa.
Nesses mercados estão empresas e instituições financeiras com maior número de papéis dos Emirados Árabes. Os bancos europeus, já castigados pela crise financeira, estão entre os maiores credores do Emirado.

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