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Assim como a Alice de "Paraíso Tropical", Amarilys ganhou destaque na trama ao se tornar sócia de Dafne (Flávia Alessandra), na galeria de arte e namorada de Denis (Marcos Pasquim). Isso porque a personagem, que a princípio seria apenas a viúva de um milionário e irmã de André (Ricardo Duque), ganhou tanta importância na história de Walcyr Carrasco que teve sua participação prolongada. "Entrei para ficar dois meses e estou fazendo uma novela quase inteira", festeja, explicando por que acha que Amarilys foi criada. "Com a gravidez da Ingrid, o Walcyr pensou em criar alguém para namorar o Denis", palpita ela, se referindo à Simone, personagem de Ingrid Guimarães - que teve de sair da novela para ganhar bebê.
Perto do fim da trama - prevista para terminar em janeiro do ano que vem, Guilhermina anda tão apaixonada por Amarilys que arrisca até o futuro da personagem. Apesar de achar que a moça é muito ansiosa quando se trata de relacionamento amoroso, a atriz tem certeza de que ela vai arranjar alguém para a vida toda. "Só acho que ela devia ir com mais calma com o Sargento Lucas para tudo dar certo", brinca, ao mencionar o personagem de Marco Antônio Gimenez.
Vira-e-mexe, você é convidada para encarnar mulheres chiques na TV. Você se sente ou já se sentiu incomodada por conta disso?
Acho que todo ator foge dessa coisa de ficar marcado por algum tipo de personagem. Todo mundo gosta de fazer papéis diferentes. Mas isso não depende muito de nós. Depende mais de autores e diretores que confiem em nosso trabalho e nos chamem para fazer alguma coisa diferente. A Maria Adelaide Amaral, por exemplo, me convidou para fazer um papel diferente em "JK". A Maggie era ousada, sensual, contestadora... Logo em seguida o Gilberto Braga me chamou para fazer a Alice em "Paraíso Tropical". E ela era meio vilã - algo que nunca tinha feito. Adorei! É maravilhoso ter pessoas que nos convidam para fazer coisas novas.
Mas para fazer papéis diferentes é necessário ter mais experiência. Você acha que ter sido convidada para viver outros personagens se deveu à sua maturidade artística? Como você se analisaria hoje?
A gente fica um pouco mais segura quando está sempre trabalhando. Por isso tento fazer um pouco de cada coisa. Não quero ser aquele tipo de atriz que faz só teatro, ou só TV ou só cinema. Acho legal quando o ator consegue juntar um pouco de tudo. A gente nunca é atriz de uma área específica. A gente vai sendo levada nessa profissão. Aprendendo, crescendo, amadurecendo... Ainda sou muito nova e tenho uma longa estrada pela frente.
Apesar de ainda se considerar uma aprendiz, você acha que hoje se preocupa menos com as críticas?
Sim. Apesar de saber que elas sempre vão existir, acredito que a maior crítica tem de ser sempre a da gente. É preciso humildade para poder se ver. É importante fazer esse exercício de se colocar no lugar dos outros. Faço muito isso. Uma hora na vida a gente vai errar. Quando a gente é mais nova, fica com vergonha de errar. Mas com o tempo a gente vê que é muito mais legal reconhecer o erro e falar.
(Por Carla Neves)
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