Mais do que cumprir a missão de recuperar a audiência da faixa das 18h, “Paraíso”, remake de Benedito Rui Barbosa, é uma prova de que boas tramas e excelente fotografia ainda são fundamentais para o sucesso de uma novela. Para prender o público à frente da TV não bastam cenas mirabolantes, é fundamental saber contar uma história, mesmo que seja de um amor impossível longe da realidade do telespectador. Uma outra prova de que o que vale é o conteúdo da história é que muitas pessoas que assistem a “Paraíso” já sabem como a novela acabará e, mesmo assim, diariamente estão à frente da TV. Nas últimas semanas, o remake de Benedito Rui Barbosa tem oscilado entre 26 e 30 pontos, índices que há muito tempo deixaram de ser realidade na emissora nessa faixa.
A mistura de atores mais jovens com os mais experientes também é outro segredo do sucesso de “Paraíso” porque no vídeo o público pode acompanhar um equilíbrio nas interpretações. O protagonista Eriberto Leão deu conta do recado com Zeca e mostra ser um dos bons de sua geração. Vanessa Giácomo não fica longe e já deu provas de que é uma das boas atrizes dessa turma. Alexandre Nero humanizou Terêncio e cativou quem está do outro lado da tela. Carlos Vereza, Cássia Kiss, Mauro Mendonça, Reginaldo Faria e Soraya Ravenle entram com a experiência nessa fábrica de transformar sonhos em realidade na TV.
“Paraíso” também prova que não é preciso buscar a violência das grandes cidades para conquistar audiência. Fugir da realidade das capitais é outro caminho para a teledramaturgia e os diretores das emissoras de TV precisam compreender que a diversidade de temas é fundamental para agradar aos mais diferentes públicos, mesmo porque muitos (Felipe Almeida é um exemplo) ficam estressados com o ritmo mais lento desse remake.
Fonte: Parabólica JP.
Texto: José Armando Vannucci.
Foto: Parabólica JP.
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