25 de junho de 2009

POR TRÁS DAS LENTES




Capítulo 14



Cena- escritório de João (tarde)

A secretária comunica a João que Judith está aguardando-o na sala de espera e ele pede que ela entre.
Judith entra na sala trajando vestido preto channel que realça os cabelos loiros,sapato salto alto fino alongando o peito do pé e um perfume suave que discretamente invadiu o escritório.
João engoliu seco,a imagem que via era estonteante,convidou-a a sentar no sofá.

João- Pode começar
Judith- Como vão os negócios?
João- Tudo perfeito.
Judith- Sendo vice-presidente de um grande grupo empresarial,é sabido que tem vida noturna intensa.
João- A mídia fala muito,apenas me divirto um pouco.
Judith- É sempre visto com belas mulheres,tem alguma em especial?
João- No momento você.
Judith- Eu não conto,nunca saímos juntos.
João- Isso pode ser resolvido agora,aceita jantar comigo?
Judith- Veja bem,vim aqui para lhe entrevistar.
João- Sim mas,posso te dar informações privilegiadas.
Judith- Aceito, mas fique sabendo que é só um jantar profissional
João- Mesmo diante de uma mulher tão perfeita sei me comportar.
Judith- Fechado,estará me aguardando em qual restaurante?
João- Posso mandar o motorista te pegar em casa.
Judith- Prefiro ir até lá.

João fez as reservas,combinaram horário e despediram-se.


Cena- edifício no Catete (tarde)

Andréa continua conversando com Vera ao telefône.

Andréa-Quero que venha pro Rio.
Vera- Nem pensar,estou ganhando um bom dinheiro aqui.
Andréa- É isso que me preocupa.
Vera- Não sou garota de programa,apenas sirvo drinks e aperitivos.
Andréa- Nunca faça sexo por dinheiro.
Vera- Olha só quem fala,logo você que transa com todo mundo.
Andréa- Não transo com todo mundo,vou pra cama com quem eu quero é bem diferente.
Vera- Tá ,não quis ofender,depois te ligo.Beijo irmã.


Cena- edifício no Catete/apartamento

Robson é professor de inglês e conversa com seu melhor amigo,Pedro que também é professor.

Pedro- Ânimo companheiro, tem que ser hoje,vai lá e convida a vizinha pra sair .
Robson- Ainda estou ferido,esqueceu que levei um chifre da minha noiva e pior,eu a amava mesmo.
Pedro- Chega de dor de corno,tá na hora de se mexer.
Robson- Ela acabou de chegar de São Paulo,pode ir embora a qualquer momento.
Pedro- Pode mas no momento está aqui pertinho de você e,se ficar adiando vai namorar outro.
Robson- Tem razão,vou à luta.
Pedro- É assim que se fala.
Robson- E se ela não aceitar ?
Pedro- Mande flôres de boas vindas amanhã.
Robson- É,no máximo o que posso levar é um não.
Pedro- Que pode ser temporário,sabe como é,ela é sua vizinha pode querer dificultar,isso não quer dizer que esteja desinteressada,tem que insistir sem ser chato.Chame Andréa também,isso faz quebrar o gelo.Saíremos nós quatro.


Cena- São Paulo

Fábio e Mota riem com as notícias do jornal.

Mota- Coitados(deboche),nunca chegarão até nós.
Fábio- Agora vamos dar um tempo,deixar a poeira abaixar.
Mota- Tá com medo.
Fábio- Desconheço essa palavra mas um bom profissional tem que saber a hora de hibernar.
Mota- Quero ir pra Las Vegas.
Fábio- Calma,deixe o dinheiro quieto no exterior até conseguirmos legaliza-lo,depois pode gastar,não esqueça que temos nosos cúmplices.
Mota- E daí,acha que irão nos trair?
Fábio- Ela com certeza não,os outros eu não sei.

O interfône toca,a recepcionista anuncia a pessoa que estavam aguardando,ela entra.Mota e Fábio a recebem carinhosamente.

Fábio- Sinta-se à vontade Vera.

Vera sorri ciente de que ambos estão apaixonados por ela.


(continua no próximo capítulo)

2 comentários:

Anônimo disse...

CENA
CADÊ O NÚMERO DA CENA?

Silvia Baptista disse...

Caro Anônimo,entendo sua pergunta.O que acontece é que opto
em abrir mão da parte técnica do roteiro(uma vez que tantos colaboradores já o fazem e que são bons roteiristas)e atender a todo público em geral,que nem sempre tem este conhecimento ou que prefere uma linguagem que melhor se identifiquem.
Obrigada.