Metamorphoses reativou o núcleo de teledramaturgia da Record, desativado desde 2001, quando foi ao ar a novela Roda da Vida. Ao contrário de sua última incursão no gênero, Metamorphoses foi fruto de uma parceria entre a Record e a produtora Casablanca.
A decisão de voltar aos folhetins fazia parte da estratégia para atingir uma fase ampla da audiência e tentar superar o SBT (na época segundo lugar) em ibope e faturamento. O que acabou não acontecendo.
Na semana de estréia, a novela teve média de 6 pontos de audiência. O primeiro capítulo teve média de 11 pontos com pico de 17. No entanto o desempenho da atração não se manteve. Desde abril a novela vinha apresentando uma audiência média que oscilava entre 2 e 3 pontos, chegando a 0 em alguns momentos.
A principal explicação para este fiasco estava no próprio texto. A trama rocambolesca era contada de forma linear, como se fosse um filme. Os folhetins, desde sempre, tem a característica de a cada capítulo recontar toda a trama para quem está vendo, ouvindo ou vendo pela primeira vez. Tanto que é possível acompanhar qualquer novela normal assistindo a um capítulo por semana, por exemplo. O que Metamorphoses fez é desprezar a técnica desenvolvida desde os primeiros folhetins. E conseguiu com isso afastar quem não é telespectador assíduo.
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