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MARCOS SILVÉRIO <
Com
abertura do Mar Vermelho Record bate a Globo
O aguardado capítulo desta terça-feira (10)
de “Os Dez Mandamentos” recompensou a Record com um novo recorde de audiência.
Segundo dados do Ibope divulgados na manhã desta quarta-feira (11), a novela
bíblica bateu a Globo por larga margem, marcando média de 28,1 pontos contra
20,8 da concorrente — uma diferença de 7,3 pontos (cada ponto equivale a 67 mil
residências em São Paulo). No seu melhor momento, o folhetim teve pico de 31
pontos, um resultado histórico para a emissora.
Com a média de 28,1, “Os Dez Mandamentos''
foi, pela primeira vez, o programa mais assistido nesta terça na TV em São
Paulo. A segunda maior audiência do dia foi “A Regra do Jogo'', da Globo, com
média de 25,7.
No Rio, “Os Dez Mandamentos'' teve média de
32,3 contra 20,2 da Globo. No seu melhor momento, a novela bíblica alcançou
35,7 pontos na cidade.
Em Belo Horizonte, segundo dados prévios, a
vitória foi de 23,3 a 20,8. Em Recife, teve média de 32,5 pontos.
O capítulo mostrou as cenas de um episódio
bíblico de caráter épico, o momento em que o Mar Vermelho se abre, permitindo a
fuga dos hebreus. Os soldados egípcios que os perseguem morrem na sequência,
quando o mar volta a se fechar, mas esta cena ficou para o próximo capítulo.
Abusando da câmera de lenta, mas com efeitos
de fato impressionantes, a longa sequência foi exibida ao longo de quatro
blocos da novela — uma enrolação que se tornou habitual nesta última fase da
novela.
Ela começa com os hebreus nas margens do mar
desesperados ao verem a aproximação, inesperada, dos soldados egípcios
comandados por Ramsés (Sergio Marone). Moisés (Guilherme Winter) sobe, então,
em um monte e pede a ajuda de Deus, que envia bolas de fogo na direção dos
egípcios, atrapalhando a marcha dos soldados.
Em seguida, orientado pela voz divina, Moisés
ergue os braços e o mar começa a se abrir, criando o caminho para a fuga.
Emocionados, os hebreus caminham e atravessam o mar. O líder vai por último,
caminhando lentamente.
O capítulo também marcou a morte do sacerdote
Paser (Giuseppe Oristânio, ótimo no papel) nos braços da filha, a rainha
Nefertari (Camila Rodrigues).
A sequência, que custou à emissora R$ 1
milhão e mais de um ano entre preparação e execução, foi finalizada em um
estúdio nos Estados Unidos, especializado em efeitos especiais.
“Gosto sempre de pontuar que não é cinema, é
uma novela”, disse o diretor Alexandre Avancini, comparando a sequência com a
vista no filme “Êxodo: Deuses e Reis'' (2014). “O diretor Riddley Scott gastou
U$ 8 milhões na sequência. A gente não gastou isso. Particularmente não gosto
da cena dele. A nossa cena é melhor que a do Riddley Scott. Em termos de
fenômeno da natureza a cena dele não me agradou'', afirmou ao UOL.
Fonte: UOL
Record fará 2ª temporada de "Os Dez Mandamentos"
A TV Record bateu o martelo nesta terça-feira e decidiu que fará uma nova temporada, ou continuação da novela "Os Dez Mandamentos".
Essa segunda fase entrará no ar provavelmente a partir de março, na sequência das reprises de "Rei Davi" e "José do Egito". A novela atual terminará em novembro.
Segundo informações, o fim da atual "temporada" terá Moisés descendo a montanha onde fora receber as tábuas da lei de Deus, flagrando os hebreus adorando o bezerro de ouro (Êxodo, 32,19).
A novela terminará então em suspense, com Moisés decepcionado e irado com seu povo.
A Record decidiu que a segunda fase era necessária porque, caso contrário, faltariam muitas passagens bíblicas antes da estreia de "A Terra Prometida". Pode-se dizer, portanto, que a continuação decidida hoje, que também será escrita por Vivian de Oliveira, terá fins didáticos.
Entre essas passagens consideradas necessárias pela direção da Record estão a rebelião de Corá, o surto de lepra e uma "chuva de codornizes" sobre os hebreus, que até então só faziam reclamar com Moisés das péssimas condições de vida no deserto.
Alguns chegam a lamentar terem deixado de ser escravos no Egito.
Os 60 capítulos da segunda temporada também farão uma "ponte" dramatúrgica para explicar a transformação de personagens que serão fundamentais em "A Terra Prometida" – que entrará na sequência da segunda fase de "Dez Mandamentos".
Portanto "Terra" deverá entrar no ar por volta de junho.
Fonte: UOL
Torloni
será par de Fagundes em "Velho Chico"
A próxima novela das 21h da Globo,
"Velho Chico", já tem definido seu par romântico: Christiane Torloni
e Antônio Fagundes, segundo adiantou o jornal O Globo.
A ideia inicial era escalar uma atriz falante
de castelhano. Os fãs de Gabriela Spanic, sabendo disso, clamaram pela
protagonista de "A Usurpadora". Gaby, por sua vez, reteweetou várias
dessas súplicas, mas ao que parece não obtiveram sucesso.
A Globo também acabou abortando a ideia de
contratar uma atriz estrangeira porque a participação da personagem seria
grande.
"Velho Chico" inicialmente seria
uma novela das 18h, mas com a baixa das últimas tramas das 21h com cenários de
favelas regados a muito funk, a Globo apostará em uma temática mais tradicional
de romance, num cenário rural, com o intuito de resgatar público.
O texto é de Benedito Ruy Barbosa, com
direção de Luiz Fernando Carvalho. O último trabalho dos dois juntos foi no ano
passado em "Meu Pedacinho de Chão", às 18h.
A estreia está prevista para março,
substituindo "A Regra do Jogo".
Fonte: Na Telinha
Mariana
Ximenes é escalada para viver Tancinha
A Globo definiu Mariana Ximenes como
intérprete da personagem Tancinha em "Haja Coração", nova versão de
"Sassaricando", escrita por Daniel Ortiz.
Tancinha, inicialmente, seria feita por
Monica Iozzi, mas o trabalho como apresentadora do "Vídeo Show"
acabou impossibilitando sua escalação.
A personagem também chegou a ser cogitada
para Isis Valverde, que não pôde aceitar a missão devido a uma agenda de
estudos de interpretação em Nova York.
Depois desses contratempos, a Globo acabou se
acertando com Paolla Oliveira para o papel e tudo caminhava para um final
feliz, porém, um novo problema surgiu: entendeu-se que a atriz não teria tempo
suficiente de preparação entre uma novela e outra – ela faz uma das
protagonistas de "Além do Tempo" – e sua presença foi cancelada.
Mas, agora, tudo certo: a personagem, que já
foi vivida por Cláudia Raia na versão exibida pela Globo em 1987, ganhará a interpretação de Mariana Ximenes.
Importante informar que "Haja
Coração" não será um simples remake de "Sassaricando". A
história contará com grandes personagens da versão original escrita por Silvio
de Abreu, mas também trará vários tipos inéditos, especialmente criados por
Ortiz.
A produção vai substituir "Totalmente
Demais" na faixa das 19h e as primeiras gravações estão previstas para
janeiro.
Fonte: Flávio Ricco
"Êta
Mundo Bom" será inspirada em Mazzaropi
Escolhida para ser a próxima novela das seis
da Globo, "Êta Mundo Bom" começa a ter a sua história conhecida.
De autoria de Walcyr Carrasco, a trama será
ambientada nos anos 40 em São Paulo e tem como referência o filme
"Candinho", de Mazzaropi, que por sua vez foi baseado em
"Cândido", do filósofo francês Voltaire.
O protagonista será Sérgio Guizé, que terá o
lema “tudo que acontece de ruim na vida da gente é pra ‘meiorá'”, segundo
informações da coluna Outro Canal.
Separado da mãe após nascer, Candinho foi
acolhido pelos fazendeiros Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary
Fontoura).
O rapaz viverá como empregado na casa e será
expulso, já adulto, ao se apaixonar pela filha do casal, Filomena (Débora
Nascimento).
Então,
orientado por seu mentor Pancrácio (Marco Nanini), Candinho decide ir atrás de
sua mãe biológica, Anastácia (Eliane Giardini), uma viúva milionária. A
sobrinha dela, Sandra (Flávia Alessandra), não gostará nada disso por ser até
aquele momento a única herdeira, e por isso tentará atrapalhar esse encontro.
"Êta Mundo Bom" estreia em janeiro,
substituindo "Além do Tempo", na Globo.
Fonte: Na Telinha
Marjorie
Estiano é escalada para novela das 23h em 2017
A
atriz Marjorie Estiano, longe das novelas desde sua participação em
"Império" como a vilã Cora, foi a primeira escalada para "O
Outro Lado da Lua", de Euclydes Marinho, para o horário das 23h em 2017.
A história do autor se baseia em tragédias de
Shakespeare e vai ter a direção de Amora Mautner, a mesma de "A Regra do
Jogo".
Para 2016, a Globo produzirá "Liberdade,
Liberdade" no primeiro semestre e "Justiça", após as Olimpíadas.
Será a primeira vez que o canal terá duas novelas às 23h no mesmo ano.
O último trabalho de Euclydes foi na
minissérie "Felizes para Sempre?" no verão deste ano. É dele também o
enredo de "O Brado Retumbante" (2012), além de novelas como
"Andando nas Nuvens" (1999) e "Desejos de Mulher" (2002).
Fonte: Na Telinha
Gugu
deve assinar com a Record por mais um ano
Depois de uma temporada com altos e baixos em
2015, Gugu deve acertar seu retorno à Record na próxima segunda-feira (16),
segundo informou o colunista do UOL, Flávio Ricco.
O contrato será assinado e o compromisso
acordado será de um ano, válido até o fim de 2016.
Ao todo, Gugu produzirá 50 programas até dezembro,
sempre às quartas-feiras, com duas horas de duração.
Este foi o dia em que o loiro se deu melhor.
Às terças e quintas, sofria derrotas frequentes para Ratinho,
"MasterChef", "A Praça é Nossa" e os filmes do "Cine
Espetacular", do SBT.
Além disso, a sua produtora, GGP, também
ficará responsável pelo "Domingo Show", de Geraldo Luís, e um reality
que a Record adquiriu recentemente.
A estreia da nova temporada deve ocorrer no
dia 20 de janeiro.
Fonte: Na Telinha
Record
fará minissérie sobre Mamonas Assassinas
Obtendo o direito de licenciar a marca
Mamonas Assassinas, um dos maiores fenômenos da música brasileira nos anos 90,
a Endemol Shine Brasil irá além. Segundo informações da coluna Outro Canal, a
produtora fará uma minissérie sobre a banda com a Rede Record.
A ideia é contar a história dos Mamonas, que
foi abruptamente encerrado em um trágico acidente no ano de 1996, quando o
avião em que todos os integrantes estavam bateu na Serra da Cantareira, em São
Paulo.
Superintendente artístico e de programação da
Record, Paulo Franco citou o projeto em um debate no festival Telas Fórum nesta
terça-feira (10).
A minissérie contará com cinco episódios.
Fonte: Na Telinha
Morre a
jornalista Sandra Moreyra
A jornalista Sandra Moreyra, 61 anos, morreu
nesta terça-feira (10) vítima de câncer - o terceiro diagnóstico da doença que
a experiente repórter da Globo recebeu nos últimos sete anos. Ela estava
internada no Hospital Samaritano, no Rio. O velório será realizado nesta
quarta, no Memorial do Carmo, mesmo local da cremação, também no Rio.
Em entrevista ao UOL há menos de um mês, a
jornalista falou sobre o novo câncer e contou que ainda não sabia como seria o
novo tratamento, mas que estava confiante de que conseguiria vencer o câncer
pela terceira vez: "Vou fazer e acredito que vou conseguir superar mais
essa, com ajuda da família, marido, filhos e dos amigos".
O novo câncer foi diagnosticado no
mediastino, região do tórax próxima dos dois anteriores, localizados no
esôfago. Sandra enfrentou a doença em 2008 e 2014. Fez duas cirurgias complexas
e, no último tratamento, precisou de doações de sangue e ficou com uma das
cordas vocais paralisada.
Carreira - Sandra Moreyra nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto
de 1954. Era filha do renomado cronista esportivo Sandro Moreyra e da
professora Lea de Barros Pinto, além de neta do escritor Álvaro Moreyra, membro
da Academia Brasileira de Letras e diretor de importantes revistas nos anos 1950.
A jornalista começou a carreira em 1975, como
estagiária no departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil. Após concluir a
faculdade, no ano seguinte, foi contratada. Em 1978, estreou na publicação como
repórter.
Depois de uma temporada fora do Brasil ao
lado do marido, engenheiro, retornou ao país onde trabalhou em uma agência de
publicidade e, em seguida, iniciou sua trajetória na TV. Trabalhou na TV Aratu,
na época afiliada da Globo na Bahia, Band e Manchete, até ser contratada pela
Globo de Minas Gerais.
A jornalista ganhou destaque na cobertura da
eleição e morte de Tancredo Neves (1910-1985). Sandra apareceu no "Jornal
Nacional" acompanhando o cortejo fúnebre. Em 1986, a jornalista foi para a
Globo do Rio de Janeiro.
Sandra também participou de outras coberturas
jornalísticas de importantes momentos do país como o Plano Cruzado, o acidente
radioativo com Césio 137, em Goiânia, a tragédia do iate Bateau Mouche, no
Réveillon de 1989, a Rio-92, a chacina de Vigário Geral e a ocupação do
Complexo do Alemão.
Na Globo desde 1984, Sandra Moreyra voltou a
trabalhar na emissora em setembro de 2014, colaborando em roteiros e projetos
especiais, mas sem aparecer na TV.
Ultimamente, era produtora e repórter da
série "Cariocas Olímpicos", exibida aos sábados no telejornal local
"RJTV 1ª Edição", em que entrevistava atletas nascidos no Rio de
Janeiro, como um aquecimento para os Jogos Olímpicos de 2016. Sua última
reportagem foi ao ar no dia 7 de novembro.
Fonte: UOL
Record
vira "terra prometida" de ex-globais
Aquela piadinha infame "morreu ou foi
para a Record?" virou passado. Com o sucesso de "Os Dez
Mandamentos", que tem batido recordes de audiência nas últimas semanas, os
atores da Record passaram a ser mais reconhecidos e a emissora virou
"terra prometida" para novos nomes da teledramaturgia e também para
ex-globais. Cristiana Oliveira, Kadu Moliterno, Nívea Stelmann, Elizângela e
Paloma Bernardi, todos ex-Globo, são alguns dos nomes que estarão em
"Terra Prometida", com estreia para 2016.
"Os atores que estão vindo da Globo para
a Record vêm justamente nessa busca de uma valorização de troca de status como
ator. Aqui tem mais a mostrar, troca o ambiente de trabalho", diz Marcos
Reis, produtor de elenco da emissora. "O sucesso de 'Os Dez Mandamentos'
ajudou muito nisso, porque tem batido a Globo todos os dias", completa.
A fuga de atores da Globo para a Record é
semelhante à de dez anos atrás, quando a emissora conseguiu tirar da Globo
nomes como Marcelo Serrado, Paloma Duarte e Gabriel Braga Nunes. Na época,
"Prova de Amor" e outras novelas também faziam sucesso e incomodavam
a concorrência.
As novas contratações, embora caras, estão
longe das propostas milionárias que a Record oferecia para seduzir ex-globais
dez anos atrás. "Em 2005, isso pesava. As ofertas eram bem maiores. Mas
hoje em dia não. A Record tem a sua realidade. Tenta convencer mais pelo
projeto", afirma Reis.
Segundo o produtor de elenco, a Record segue
a tendência já praticada pela Globo de enxugar o elenco fixo, com contratos por
obra e poucos de longo prazo, como ocorre com os protagonistas de "Os Dez
Mandamentos". Sérgio Marone, por exemplo, renovou por três anos após se
destacar como o vilão Ramsés. Os atores são contratados como pessoa jurídica e
recebem um pouco a mais em relação à concorrente para compensar direitos
trabalhistas como plano de saúde.
A redução do banco de atores e os contratos
por obra aumentaram a quantidade de profissionais livres, sem emissora. Marcelo
Serrado, por exemplo, voltou à Globo em 2011 após terminar o vínculo com a
Record. Paloma Bernardi, ex-global, estava sem contrato quando foi chamada para
"Terra Prometida".
O mesmo aconteceu com Kadu Moliterno,
dispensado pela Globo no meio do ano. Em entrevista ao UOL em outubro, o ator
contou que antes de fechar com a Record recebeu propostas da Fox e de algumas
produtoras independentes para fazer séries. "A Record sempre foi uma opção
para quem trabalha na televisão. Estava no mercado e como qualquer
profissional, eu tenho que trabalhar para ganhar dinheiro. Preciso pagar as
contas. Tenho a certeza que vou ser feliz na minha nova casa assim como fui na
Globo", declarou.
Ex-globais aprovam troca de emissora
Os atores remanescentes da primeira leva de
ex-globais na Record comemoram o sucesso de "Os Dez Mandamentos", que
devolveu à emissora a visibilidade perdida nos últimos anos com produções de
baixa audiência.
Há sete anos na Record, Luiz Guilherme
confessa que quando deixou a Globo virou praticamente um desconhecido pelo
público. "Antes as pessoas me perguntavam por que eu não fazia mais
novela, agora isso não existe mais porque sabem da Record", celebra o
ator, que estará em "Escrava Mãe", adiada pela Record para 2016.
"Eu acho que a diferença é mais da falta
de costume das pessoas de simplesmente mudar de canal, porque a qualidade, a
competência e os profissionais, e tudo que a gente tem exibido e mostrado é
tanto quanto bom a Globo", compara Thaís Fersoza, há dez anos na Record.
Para Fernando Pavão, na Record desde 2009 e
também em "Escrava Mãe", a mudança de emissora foi importante para
recolocá-lo no mercado, cada vez mais aquecido: "Em pouco tempo acho que
não vamos usar isso de mudança de Globo para Record. O mercado está aí para
todo mundo. Quem tem destaque tem o seu lugar, além das emissoras no canal
aberto, temos as produtoras, canal a cabo. Antigamente as emissoras te
contratavam e te deixavam ali parado. Agora não, é um novo momento".
Fonte: UOL
Autores
apostam na interatividade em "Totalmente Demais"
Responsáveis pela bem-sucedida "Malhação:
Sonhos", os autores Paulo Halm e Rosane Svartman fazem sua estreia na
faixa das 19h com "Totalmente Demais" – substituta de "I Love
Paraisópolis" a partir de novembro – sem perder a boa relação com a
internet. Se na novela teen apostaram em fan fics, tramas criadas pelos
próprios fãs, e outras ações interativas, os dois continuam atentos mais do que
nunca à audiência também na segunda tela. Além de ter um concurso que vai
promover a participação de uma telespectadora no concurso "Garota
Totalmente Demais", a comédia romântica terá um "capítulo zero",
produzido especialmente para a web.
"Não sei se é o futuro das novelas, mas
é inescapável. Em 'Malhação' a gente foi experimentando muita coisa, via o que
repercutia, era um esforço. O fan fic achei que não ia passar, por uma questão
de direito autoral, pensei que ia ser enterrado no departamento jurídico. O
Schroeder (Carlos Henrique Schroeder, diretor geral da emissora) aprovou. Foi
muito emocionante ver duas meninas, uma da Rocinha e uma gaúcha, terem suas
cenas gravadas. Isso para mim é muito especial", afirma Rosane, roteirista
e diretora de filmes como "Desenrola" e "Como Ser
Solteiro".
O feedback que vem das redes também já
alimentou a própria dramaturgia da dupla. Em "Malhação", Lucrécia
(Helena Fernandes), que sofria de câncer de mama, acabou lendo no ar um relato
de uma telespectadora que se identificou com o drama da personagem, uma
"troca de carinho", como dizem os autores. Na nova empreitada, a
expectativa é que eles se conectem mais uma vez com uma plateia jovem, herdeira
da novela anterior, principalmente pelos personagens de Marina Ruy Barbosa e
Felipe Simas, verdadeiros ídolos teen.
"A gente escreveu com muito prazer para
esse público. Mas não existe nenhuma estratégia. Trabalhamos muito com internet
e usamos essas ferramentas todas – Twitter, Instagram, Periscope – também na
vida profissional, é uma forma de se relacionar com a garotada. Nossa equipe
também tem gente mais jovem. E de alguma forma eles se veem refletidos nas
nossas histórias. Mas o bom desse horário é que também dá para ampliar esse
público", conta Paulo, roteirista de longas como "Quem Matou
Pixote?" e "Pequeno Dicionário Amoroso".
História de transformação - Informalmente e com bom humor, os
escritores definem "Totalmente Demais" como uma mistura de
"Pigmalião 70" com "Top Model". Da primeira novela
(inspirada, por sua vez, na peça "Pigmalião", de George Bernard
Shaw), vem o romance entre um casal de classes sociais diferentes. Da segunda,
o universo da moda. A trama principal gira em torno de Eliza (Marina Ruy
Barbosa), uma jovem da fictícia Campo Claro, no interior do Rio de Janeiro, que
acaba cruzando o caminho de Arthur (Fábio Assunção), um bon vivant que é dono
de uma agência de modelos.
"Toda novela é uma história de transformação,
e essa é bastante positiva e leve, para um ano tão complicado e difícil",
diz Rosane.
De carona com Bino (Stenio Garcia, numa
participação afetiva, que retoma o personagem clássico de "Carga
Pesado"), a ruiva foge para a capital em busca de uma vida melhor. Lá,
acaba virando a ganhadora do concurso "Garota Totalmente Demais",
após uma aposta entre Arthur e Carolina (Juliana Paes). Mas o caminho até lá
envolve alguns perigos - assim que chega à cidade grande, é assaltada e vai
morar na rua.
"Ela é salva por Jonatas (Felipe Simas),
que a acolhe ela e a ensinar a se virar. Eliza nunca teve o sonho de ser
modelo. O que ela quer é ganhar dinheiro para trazer a família para o
Rio", adianta Paulo.
Fonte: UOL
O que
há por trás da guerra de números na TV?
'A Regra do Jogo' tem a pior estreia das nove
da Globo
Site Notícias da TV, 1º/9/2015
'Os Dez Mandamentos' já venceu a Globo em São
Paulo e mais cinco capitais
Ricardo Feltrin, 23/9/2015
'The Voice Brasil' tem a pior estreia no
Ibope desde que mudou para as quintas
Site Notícias da TV, 1º/10/2015
'É de Casa' perde para o SBT e derruba Globo
Ricardo Feltrin, 8/8/2015
Xuxa perde 30% do público e empata com SBT
Ricardo Feltrin, 25/8/2015
'A Fazenda 8' tem a missão de estancar fuga
de público
Ricardo Feltrin, 23/9/2015
Quem acompanha o noticiário já deve ter
notado que, há tempos, a audiência da TV aberta parece estar em queda livre.
Líder (quase sempre) isolada, a Globo cada vez mais vê seu reinado comprometido
por ataques das rivais, como a novela bíblica "Os Dez Mandamentos",
atual blockbuster da Record, ou mesmo a faixa de desenhos infantis do SBT nas
manhãs de sábado. Isso não significa que o cenário para as emissoras de Edir
Macedo e Silvio Santos seja apenas de crescimento. Pelo contrário, apostas
altas da Record como o reality show "A Fazenda 8" e o novo talk show
de Xuxa também já decepcionaram nos números de audiência.
Mas o que está por trás desses índices? O
espectador que deixa de assistir à Globo está mesmo apontando o controle remoto
para a Record ou à emissora de Silvio Santos? E os anunciantes, que na verdade
pagam a conta de tudo isso, também estão migrando?
Para começar a entender a situação, é
necessário falar de como a audiência é medida. No Brasil, até o dia 1º de
outubro deste ano, apenas uma empresa entregava esse tipo de resultados, o
Ibope – uma associação tão forte que o nome do instituto frequentemente aparece
como sinônimo de audiência: quem nunca ouviu um "não vou dar ibope para
fulano"? Agora, porém, o instituto alemão GfK também chegou ao país para
medir informações sobre audiência e há a expectativa de que as emissoras
divulguem os dados do instituto a partir desta semana.
Assim como é feito com pesquisas eleitorais
ou de opinião, as pesquisas dos dois institutos são feitas com base em uma
amostra da população: de 6.060 domicílios, no caso do Ibope, e de 6.000 no do
GfK. A partir dos resultados obtidos nesses domicílios, são contabilizados os
pontos de cada programa, sendo que cada ponto equivale a 1% dos domicílios na
região. Na estimativa feita pelo Ibope e pela GfK para este ano, cada ponto
equivale, na Grande São Paulo, a 67.113 e a 67.782 domicílios, respectivamente.
Na região metropolitana do Rio de Janeiro, os números são de 42.293 e 43.379
domicílios.
Enquanto se registra uma queda progressiva
dos pontos de audiência, os números de domicílios são reajustados a cada ano e
costumam aumentar, acompanhando o crescimento populacional. Dessa forma,
curiosamente, novelas que têm menos pontos hoje têm, na prática, mais
espectadores do que a do passado. Com 30 pontos no Ibope, a estreia de "A
Regra do Jogo" levou o título de "pior estreia de uma novela das
21h", mas teve 2,01 milhões de espectadores – mais do que os 1,93 milhões
que assistiam, em média, aos capítulos do sucesso "Laços de Família",
que registravam 45 pontos em 2000, época em que cada ponto correspondia a 43
mil domicílios.
Culpa da TV paga e da internet
Apesar de os números absolutos terem
aumentado, a queda dos pontos mostra que, proporcionalmente, hoje há menos
pessoas assistindo à novela das nove – e a quase qualquer programa da TV aberta
– do que havia 15 anos atrás. E há mais de um fator para explicar essa queda, a
começar pelos algozes mais lembrados: a TV paga e a internet. As duas já
apareciam como ameaças ao domínio da TV aberta desde o início dos anos 2000 – e
as tendências se confirmaram, de acordo com Silvia Borelli, antropóloga da
PUC-SP que coordenou em 2000 o livro "A Deusa Ferida", sobre a queda
de audiência da Globo.
A TV paga, em particular, ficou mais popular
do que se esperava – segundo dados do IBGE, ela já chega a 29,5% dos lares
brasileiros e está presente também em classes de menor poder aquisitivo. Mas o
impacto maior ficou mesmo por conta da internet, que mudou muito os hábitos do
telespectador, tornando possível que ele assista a um conteúdo depois de ele
ter ido ao ar e em outras plataformas, como celulares e tablets - inclusive em
aplicativos como o Netflix, que faz sucesso com séries próprias como
"Narcos" e "House of Cards".
"Para além do uso da tecnologia, se cria
toda uma cultura nova, hábitos novos aparecem. As novas tecnologias permitem
que eu volte para casa depois da aula, às 22h, e vá assistir a algo que me
interessa, ou nos fragmentos mais importantes no YouTube, ou naquilo que seria
a própria possibilidade de ter uma assinatura da Globo e assistir a novela, o
jornal, aquilo que eu quiser", explica Borelli.
Somam-se a isso ainda as novas oportunidades
de lazer que têm surgido nas grandes metrópoles brasileiras, em espaços como as
praças públicas e os CEUs, em São Paulo. "Entra na agenda internacional
essa ideia de que a recuperação da cidade é fundamental. E isso também se torna
um outro fator que vem concorrer com a grade de programação fixa da TV",
diz a antropóloga.
Conteúdo é o que interessa
Nesse cenário de competição intensa, as
emissoras têm de se adaptar para se sobressair e conquistar a preferência de um
telespectador que tem a seu dispor outras emissoras abertas, canais pagos,
serviços on-demand e outras formas de lazer. E o conteúdo continua sendo o
grande diferencial.
"Independente da migração de audiência,
ou da perda de audiência, a TV tem uma fortaleza, algumas mais do que outras,
que tem a ver com conteúdo. O conteúdo nobre, o conteúdo bem produzido, o
conteúdo interessante, em um momento em que há muita opção, ele acaba sendo a
coisa que as pessoas buscam em primeira instância", afirma Gustavo Gaion,
vice-presidente de mídia da agência publicitária Young&Rubicam.
Na Record, as apostas foram as estreias de
"Os Dez Mandamentos" e "A Batalha dos Confeiteiros" (com o
'Cake Boss' Buddy Valastro), e a contratação de nomes como Xuxa, Gugu e Sabrina
Sato. "É fundamental estar atento aos anseios do público, que nos últimos
anos mudou de perfil e tornou-se ainda mais exigente, em relação à técnica e
conteúdo. Ou seja, precisamos oferecer, constantemente, produtos novos,
diferenciados e com qualidade. Ousadia tem que ser a marca de quem busca o
melhor", diz Marcelo Silva, vice-presidente artístico da Record.
Consultada pelo UOL, a Globo se pronunciou
por meio da CGCom (Central Globo de Comunicação) e ressaltou que prioriza o
conteúdo, mas também investe em novas plataformas – e deve lançar uma nova em
breve. "Somos criadores, produtores e distribuidores de conteúdo, e
estamos investindo cada vez mais para entregar nossos produtos em todas as
plataformas que o público quiser. A internet é um canal importante para nós e,
nos próximos meses, vamos apresentar uma nova plataforma da nossa oferta de
vídeos digitais. Muito se fala em migração, mas o que vemos na prática é a
oportunidade de ampliar o consumo do nosso conteúdo em outras
plataformas."
Impactos na publicidade
No mercado publicitário, principal fonte de
renda da TV aberta, a queda de audiência já era prevista. Para Gustavo Gaion,
da Y&R, a TV aberta passa por sua maior transformação desde o surgimento da
TV a cabo. "As pessoas têm muito mais alternativas de consumo de conteúdo
e entretenimento, e naturalmente, se democratiza esse acesso. Além disso, há
hoje o crescimento das tecnologias móveis. É uma concorrência com o tempo que
você tem que dispor para fazer coisas, você acaba fazendo um pouquinho de cada
uma delas. É um fenômeno tecnológico e humano."
Mas o fato de a TV ter mudado não significa
que ela esteja ficando obsoleta, acredita o publicitário – cuja agência tem
como clientes a loja Casas Bahia, o banco Bradesco e a operadora Vivo. "É
um meio de comunicação de muita agilidade. E como o Brasil é um país
gigantesco, a TV [aberta] ajuda porque fala com muita gente rapidamente. Mesmo
hoje, com essa queda de audiência, no horário nobre você chega a falar com 30,
35 milhões de pessoas".
Com minutos de propaganda vendidos por
milhões de reais, a TV – e a Globo, mais especificamente – sempre foi a menina
dos olhos para quem anuncia. Mas hoje, mais do que a queda da audiência, o
grande desafio dos publicitários é seduzir a um público que mudou de
comportamento. "Antes, a gente tinha a TV como uma ferramenta que muitas
vezes resolvia por si só, era muita fácil fazer uma estratégia me que você
colocava em um lugar e resolvia sua vida inteira, agora não", avalia
Flávio De Pauw, diretor de mídia da AlmapBBDO – agência que atende marcas como
Antarctica, O Boticário e Havaianas.
"Não é nem só uma questão de a audiência
ter caído", continua. "O próprio telespectador é mais difícil de ser
convencido. Não há dúvida de que a TV ainda é uma das principais, senão a
principal, ferramenta de mídia que a gente tem no nosso país. Ela tem um poder
enorme, uma força gigante de alcance rápido, de alcance territorial. Porém, ela
já não é mais a única fonte de informação das pessoas, principalmente em
público-alvo mais jovens, onde a TV realmente tem uma função mais secundária do
que tinha com as gerações anteriores. Então a gente acaba tendo de ser mais
estratégico".
Fonte: UOL
Record
e SBT ameaçam Globo no ibope? Nem sonhando
Várias colunas, inclusive esta, têm mostrado
nos últimos dias como o elevado ibope de "Os Dez Mandamentos", da
Record, tem atrapalhado o horário nobre da Globo. E não só em São Paulo mas em
outras capitais do país.
A novela bíblica vem batendo 20 pontos de
média em SP, e isso fez a Globo mudar sua grade na semana passada, para não
prejudicar "A Regra do Jogo". Uma das táticas foi espichar o
"Jornal Nacional". Sim, a Globo mexeu na grade. Mas isso significa de
alguma forma que a emissora tem sua liderança no ibope ameaçada? Nem sonhando,
caros leitores e leitoras.
Dados inéditos de audiência obtidos por esta
coluna exibem, pela primeira vez, o tamanho da hegemonia da Globo não em pontos
de ibope, nem em participação no universo de TVs ligadas (share), mas sim em
minutos de liderança isolada.
Vejamos: entre 1º de janeiro e 31 de agosto
último passaram-se exatos 349.920 minutos.
Acontece que, desses 349.920 minutos, a Globo
foi líder isolada, sozinha, inconteste em "meros" 333.750 minutos.
Ou seja, a TV Globo em 2015 ficou isolada em
primeiro lugar em audiência por nada menos que 95,37% do tempo.
Surpreendentemente, a despeito do sucesso
atual da novela bíblica da Record, a segunda emissora que mais tempo ficou como
líder isolada foi o SBT, com 9.093 minutos em 1º lugar (2,59% do ano)
Nota: a maior parte desses milhares de
minutos se deve a uma atração com nome e sobrenome: "Programa Silvio
Santos".
A Record vem apenas em terceiro lugar, com
7.010 minutos (2,02%) em primeiro lugar. E muitos desses minutos são obtidos
não em horário nobre, mas às tardes, com o "Balanço Geral" e o
"Cidade Alerta", por exemplo.
Em quarto lugar vem a Band, com apenas 67
minutos em primeiro lugar isolado --ou 0,01% de 2015.
RedeTV!, Cultura ou TV Gazeta não lideraram
em nenhum momento do ano.
Então,
quantos outros sucessos consecutivos como "Os Dez Mandamentos",
"Cúmplices de um Resgate" ou "Carrossel" seriam necessários
para diminuir essa distância "bíblica"?
Pelo jeito, talvez nem em 40 anos esse
deserto chegue ao fim.
Fonte: UOL
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Ficamos
por aqui, de olho na telinha.
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