O Reino Unido vai mobilizar os navios da Marinha de Guerra (Royal Navy) para resgatar os britânicos retidos na Europa pela paralisação do tráfego aéreo, provocada pelas cinzas da erupção de um vulcão na Islândia, anunciou nesta segunda-feira (19) o primeiro-ministro Gordon Brown.
O HMS Ocean, um navio de ataque anfíbio, e o HMS Ark Royal, um porta-aviões leve, chegarão ao Canal da Mancha nas próximas horas, informou Brown após uma reunião com o comitê de crise.
Os navios devem ajudar milhares de britânicos retidos, especialmente na França, afirmou o primeiro-ministro.
- Espero que o Ocean chegue hoje ao canal e espero que o Ark Royal faça a viagem.
Já o navio HMS Albion segue para o norte da Espanha para transportar as tropas britânicas que retornam do Afeganistão, mas também pode receber civis afetados pelo caos aéreo na Europa.
Brown disse ainda que conversou com o chefe de Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, sobre a possibilidade de a Espanha - menos afetada pela nuvem de cinzas vulcânicas - servir de plataforma aérea para ajudar os britânicos no exterior a retornar ao país.
- Este é um dos maiores desafios para nossa rede de transporte aéreo em muitos anos.
As autoridades da aviação do Reino Unido anunciaram na manhã desta segunda-feira que o espaço aéreo na região seguirá fechado pelo menos até esta terça-feira (20), apesar das “condições dinâmicas” em andamento. A informação, publicada no site do Serviço Nacional de Tráfego Aéreo britânico (Nats, sigla em inglês), condiciona muitos governos europeus a seguir com poucos ou quase nenhum voo pelo quinto dia seguido.
Enquanto os britânicos mantêm a cautela, a Organização Europeia pela Segurança do Tráfego Aéreo (Eurocontrol) anunciou, também na manhã desta segunda-feira, que 50% do espaço aéreo europeu está livre da nuvem de cinza”, em referência ao material expelido pelo vulcão islandês Eyjafjallajokull desde a última quarta-feira (14). Foi essa justificativa que alimentou reaberturas em alguns países da Europa pela manhã.
Aeroportos na Itália, Áustria, Noruega, Espanha, parte da França, Ucrânia, Finlândia e Suécia, Croácia, Eslovênia e Sérvia começaram a operar, mas ainda não são suficientes para diminuir o impacto dos 63 mil vôos cancelados desde a última quinta-feira (15).
Fonte: R7/AFP.
Foto: Dave Caulkin/11.01.2003/AP.
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